A crise já chegou e veio para ficar mas isso não é problema quando o assunto é a venda de carros. O agravamento da carga fiscal e o fim dos incentivos ao abate parecem estar na origem de uma intensa antecipação das vendas de automóveis.
De acordo com os dados divulgados ontem pela Associação Automóvel de Portugal, 223 491 é o número dos veículos comercializados que fizeram do ano passado o melhor dos últimos cinco para o sector. Esta associação defende que o grande crescimento das vendas no mês passado se deve "a uma antecipação por parte dos portugueses como forma de escapar ao aumento da carga fiscal sobre os automóveis", tendo como principais factores "o aumento do IVA de 21% para 23% e o aumento do Imposto sobre Veículos (ISV) e do Imposto Único de Circulação".
A Renault afirmou-se no ano passado como a marca líder de preferência dos portugueses, seguida pela Volkswagen e Peugeot. Ainda assim, a marca que registou um maior crescimento de vendas foi a Opel. O único sector que se ressentiu foi o segmento dos veículos pesados.
No total, o sector automóvel registou um acréscimo de 54,3% de vendas em Dezembro e de 33,95 ao longo de todo o ano.
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